sexta-feira, 3 de maio de 2013

Conto de um Fã: The Cure

The Cure
 E começa o Conto de um Fã!

É fácil lermos uma reportagem qualquer e termos a perpectiva de como foi o show.Mas esses meios de comunicação geralemente são imparciais e contam como foi a experiência "para os fãs".Isso porque o repórter bontinho não teve que correr,esperar,suar,levar uns tabefes de uns ou outros,ficar sem tomar banho na fila e mucho más só para poder ver seu ídolo de pertinho.Aqui no Conto de um Fã,além de você ter a oportunidade de compatilhar com os rockeiros de plantão como foi a sua experiência,você poderá ler os causos e acasos de outros fãs!Tipo, "Cara,não acredito que ele fez isso pra c hegar mais perto do palco" ou whatever.Pra começar arrebentando a boca do balão,o Matheus Mendes Schlittler,foi em Abril no show do The Cure que teve aqui no Brasil!

É  a terceira vez que eles voltam ao Brasil,onde fizeram shows em São Paulo,Rio de Janeiro e Belo Horizonte.Quer saber mais sobre o show que durou 3h e 20 com um setlist do doidão do Smith de 40 minutos?
Saca o depoimento do Matheus!
                                                            

                                                           Matheus Mendes Schlittler
 

"Cheguei às quatro horas na fila, justamente a hora que marcava a abertura dos portões. E já tinha muita gente por lá, mesmo na fila da pista premium. Já na fila vivenciei vários fatos de alegria, que seriam muitos ao longo da noite. Pegar um exemplo, o reencontro de dois amigos de longa data, que por pura coincidência, se encontraram na fila. Ouvi muitas pessoas falando que estiveram presentes nos outros dois shows do Cure no Brasil. E todos estavam ansiosos. Enfim, entramos. Na companhia do meu pai, já pegamos um lugar de mais ou menos dez metros de distância do palco, pra não ficarmos espremidos. Às seis horas, começou a primeira banda de abertura, o Loud Music, que fez muita galera balançar a cabeça por meia hora, show fantástico. Às sete, a segunda banda de entrada, a qual não me recordo o nome, entrou, fazendo seu som extremamente experimental, todo instrumental e, em horas, até meio desarmônico. Não agradou muito ao público, mas pelo menos todos sabíamos que iríamos testemunhar, logo logo, um dos melhores shows das nossas vidas. Às oito horas, as luzes se apagaram, pra delírio da galera. Dois minutos depois de muita fumaça, o baterista Jason Cooper finalmente deu as caras. Poucos segundos depois, Robert Smith, Simon Gallup, Roger O'Donnell e Revers Gabrels apareceram, começando a tocar Intro, música que fez arrancar diversos gritos e um coro lindíssimo da plateia. Logo após, veio High, mostrando que todos que estavam lá iriam fazer um show excelente. A próxima música que marcou muito foi Lovesong, que fez todos, inclusive meu pai, dançar e cantar muito. Na sequência, com In Between Days e Just Like Heaven, foi provavelmente um dos momentos que o público mais respondeu, cantando fervorosamente as duas. Não vou mentir, mas as lágrimas não me pouparam em Just Like Heaven. Outra música que fez muito grandalhão de dois metros de altura abrir a boca pra chorar foi Pictures of You, com uma introdução lindíssima. O show teve com sequência Lullaby, na qual o vocal Robert Smith variou um pouco, não cochichou, mas cantou sua letra com fervorosidade. Fascination Street também agitou muito a galera. Mas não era só a galera que estava se divertindo: o próprio Robert, conhecido por ser extremamente tímido, até soltou danças, sendo ovacionado pelo público a cada arriscada de passos de ula ula. Outra faixa que me marcou muito foi A Forest, por essa ser uma das minhas preferidas. Contou com uma introdução maior do que a original, que deixou todos de queixo caído, mas nunca deixando o coro de lado. O próximo momento marcante foi o de Shake Dog Shake, que fez muita gente pular. Mas a música que, de fato, fez mais gente pular e gritar (provavelmente soltou muita lágrima de marmanjo) foi Friday I'm In Love, uma das faixas mais conhecidas do grupo inglês. Nessa primeira parte do show, outro momento que me marcou foi em Wrong Number, que contou com um solo incrível executado por Reeves Gabrels, mostrando sua qualidade como instrumentista e improvisador. O primeiro ato acabou, depois de duas horas e meia sem parar, com End.
Depois do suposto fim, o Cure voltou novamente, com mais um momento surpreendente: Robert estava tão a vontade nas terras brasileiras que chegou a soltar uma piada, algo como "Calma, galera. Eu só fui no banheiro, mas eu to de volta." Esse segundo ato contou com três músicas, todas do álbum Kiss Me Kiss Me Kiss Me (The Kiss, If Only Tonight We Could Sleep e Fight), que levou os fãs mais árduos ao delírio. Como não tinha conhecimento muito certo sobre esse CD, fiquei na minha, admirando e apaixonando cada vez mais pelo som da banda.
O último ato contou com dez músicas, e certamente os maiores hits. Começou por uma não tão famosa (Dressing Up), mas depois soltou The Lovecats, Caterpillar, Close to Me, Hot Hot Hot!, Let's Go To Bed, Why Can't I Be You?, Boys Don't Cry, 10:15 Saturday Night e Killing An Arab. No momento de Dressing Up, foi mais um momento pra levar os mais fanáticos para o delírio. The Lovecats foi cantada em um coro só, principalmente no refrão. Caterpillar e Close to Me foram hits que fizeram muita gente dançar e vibrar. Em Hot Hot Hot!, mais freneticismo dos fãs. Let's Go To Bed fez todo mundo sair dos seus lugares e começar a balançar o corpo inteiro. Mas pra mim outro momento marcante foi em Why Can't I Be You: deu pra ver que o próprio Robert estava impressionado e emocionado com a resposta da galera, da onde eu estava (muito perto do palco), ouvia-se muito pouco a voz do cantor, apenas o coro. Boys Don't Cry, o hit dos hits, fez até os mais cansados cantar arduamente. Em 10:15 Saturday Night, outra pérola, tivemos novamente momentos de euforia. Mas infelizmente, já estava chegando no fim: Killing an Arab veio pra arrasar e rasgar tudo, como a última música.
Sobre o show, posso dizer que foi o efeito de luz mais fantástico que já vi na minha vida, dando climas perfeitos às músicas (por exemplo, em A Forest acenderam-se luzes roxas e verdes, dando, literalmente, um clima de uma floresta gótica). Foram três horas e meia de hit atrás de hit, sem faltar nenhum. Na minha modesta opinião, eles poderiam tocar, ou antes ou depois de Wrong Number, a faixa Never Enough, mas no fim, não fez falta. Tenho apenas 15 anos de idade, ainda tenho muito show pra ir. Mas tenho certeza absoluta que esse, sim, foi, e vai ser, um dos melhores shows da minha vida."

Fontes: Matheus!
Música Terra
                                                                           
                                                                           Luciana!

Um comentário:

  1. Matheus, seu testemunho é espontâneo - um barato.

    Parabéns pelo texto, e que venham outros - outros shows e outros textos.

    Grande abraço.

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